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BREVE NOVO LIVRO

🌙✨ Sussurro no Pescoço

Atualizado: 29 de abr.



por B.F. Hasckel

O salão antigo parecia respirar com as sombras. Cortinas de veludo se moviam ao sabor de uma brisa que carregava o perfume da noite, e o som distante de uma música ancestral ecoava pelos corredores de pedra.

Brianna sentia o frio da solidão naquela imensidão vazia. Caminhava lentamente, os dedos deslizando pelas paredes, tentando decifrar onde estava, para onde seus passos a conduziam. Cada canto daquela casa exalava um mistério denso, um convite proibido.

Foi então que ela o sentiu.

Uma presença.Não um toque, não um som.Apenas a certeza de que não estava mais sozinha.

Seu coração acelerou. O ar ficou denso, quase palpável, e a pele de sua nuca se arrepiou antes mesmo que qualquer contato físico acontecesse.

De repente, dedos frios e firmes deslizaram pela lateral de seu pescoço. Brianna prendeu a respiração. Um arrepio atravessou seu corpo e suas pernas hesitaram.

"Eu sabia que você viria…" sussurrou uma voz grave, rouca, carregada de promessas perigosas.

Hawin.

Ela reconheceria aquele timbre em qualquer lugar, em qualquer vida.

Seus olhos se fecharam ao sentir os lábios dele roçarem de leve a curva sensível de seu pescoço. O calor daquela respiração contrastava com o frio de suas mãos. Cada palavra dita era como um feitiço.

"Você pertence a mim, Brianna…"A máscara prateada refletia a luz bruxuleante das velas, criando formas fantasmagóricas nas paredes."Mesmo que lute… mesmo que fuja… você vai se render."

O hálito quente percorreu sua pele, e a boca dele tocou, enfim, o ponto exato entre seu ombro e a base do pescoço. Era um beijo suave, mas carregado de possessão. Um gesto que prometia mil outras coisas.

As mãos de Brianna tremiam. Ela sabia que deveria fugir. Que aquele jogo era perigoso. Mas seus sentidos gritavam por mais. Por ele.

Hawin sorriu contra sua pele.

"Está sentindo, não está?"Ele a virou, segurando-a pelo queixo, fazendo seus olhos se encontrarem.

Aquelas íris eram um abismo. E ela, uma queda inevitável.

Naquele instante, Brianna soube: não havia retorno.

E talvez… nem quisesse.


Parte II

por B.F. Hasckel

O tempo pareceu se dissolver.O salão, as cortinas pesadas, o som antigo dos violinos — tudo deixou de existir quando os olhos de Brianna mergulharam nos dele.Hawin a segurava com firmeza, os dedos longos e frios envolvendo seu queixo, forçando-a a encará-lo.

A máscara prateada cobria a região dos olhos, mas não ocultava a intensidade daquele olhar, tão escuro quanto o pecado que se insinuava entre eles.

“Diga que me odeia.”A voz dele era um sopro rouco, carregado de prazer perverso.“Diga que quer fugir.”

Brianna tentou falar, mas a garganta seca só permitiu um murmúrio indistinto. Parte de si queria gritar, correr, mas outra — mais sombria, mais profunda — ansiava por aquele toque, por aquele domínio silencioso.

Hawin sorriu, e naquele sorriso havia algo de cruel e belo. Ele aproximou o rosto do dela, a respiração quente tocando seus lábios.

“Você sente… não sente, pequena? O prazer da rendição.”

Sem esperar resposta, suas mãos deslizaram para a cintura dela, puxando-a de encontro ao próprio corpo. Brianna arfou, sentindo o calor que emanava dele contrastar com a frieza da máscara.Os cabelos meio ondulados de Hawin caíam sobre os ombros, e alguns fios roçaram a pele exposta do decote dela.

Ele levou os lábios ao ouvido dela e sussurrou:

“Vou te mostrar o que é o verdadeiro medo… e a verdadeira entrega.”

O toque da língua na curva de sua orelha fez Brianna fechar os olhos e se perder. As mãos dele subiram, prendendo seus braços contra o próprio peito, mantendo-a cativa.

A pele de Brianna ardia sob o toque, e quando os lábios dele voltaram a roçar seu pescoço, mais demorados, mais possessivos, ela sentiu o corpo inteiro se curvar àquele domínio.

O beijo foi mais fundo desta vez. Os dentes de Hawin tocaram a pele dela, e um gemido escapou involuntário de seus lábios.

“Você é minha, Brianna. Sempre foi… e sempre será.”

O mundo à volta poderia ruir, os deuses poderiam descer em fúria. Mas ali, naquele instante, ela pertencia a ele.

E no fundo da alma… ela desejava que fosse assim.


 Parte 3

O silêncio se tornava cúmplice de algo proibido naquela sala mergulhada na penumbra. As sombras dançavam sobre as paredes enquanto a respiração de Brianna se tornava cada vez mais irregular. O perfume amadeirado de Hawin misturava-se com o aroma adocicado da pele dela, criando uma atmosfera quase irreal, como se o tempo ali tivesse deixado de existir.

As mãos dele continuavam sobre sua cintura, firmes, possessivas. Brianna sentia o toque quente e magnético, como se os dedos dele fossem feitos de algo etéreo e mortal ao mesmo tempo. A cada segundo, o mundo que ela conhecia desaparecia, restando apenas a lembrança do sussurro que ainda ecoava em sua mente.

"Você pertence a mim."

Ela sabia que precisava recuar, mas seu corpo, traidor, buscava mais. A proximidade de Hawin era como um feitiço, e ele sabia disso.

— Eu deveria ter medo de você — ela murmurou, sem forças para afastá-lo.

O sorriso de Hawin se alargou, sombrio e predador, como se aquelas palavras fossem um convite. Ele inclinou o rosto mais uma vez, o calor de sua respiração tocando o ponto sensível abaixo da orelha dela.

— Não — ele sussurrou, a voz grave e baixa. — Você deveria ter medo de si mesma… por desejar tanto a escuridão.

Os lábios dele roçaram a pele macia de Brianna, e ela arquejou, fechando os olhos, sentindo um arrepio que desceu pela coluna. Era uma tortura deliciosa, uma vertigem que misturava perigo e prazer.

As mãos de Hawin deslizaram para as costas dela, puxando-a de encontro ao seu peito, e então ele a virou, fazendo com que ficasse de costas para ele. Brianna não protestou. Ela podia sentir o corpo dele junto ao seu, o calor, a força contida. E, mais uma vez, a voz dele veio, tão próxima quanto um pensamento, mais íntima que qualquer toque.

— Posso mostrar a você o que existe além dessa linha tênue entre o desejo e a perdição, Brianna. — Outro beijo, outro sussurro no pescoço. — Só precisa dizer que me quer.

Brianna mordeu o lábio inferior, o corpo inteiro em chamas. Parte dela queria fugir, a outra… queria se perder completamente naquele abismo.

Ela respirou fundo, o coração batendo contra as costelas.

— Mostre, então.

Hawin sorriu, e o ambiente pareceu escurecer mais, como se a própria noite os envolvesse. As mãos dele deslizaram pela cintura dela, descendo, explorando, enquanto os lábios voltavam para a pele do pescoço, marcando território com beijos lentos e perigosos.

A promessa de perdição pairava no ar, e Brianna soube que, dali em diante, não haveria mais volta.


Parte 4

O tempo, ali dentro, parecia se dissolver em fragmentos de desejo e perigo. O toque de Hawin em sua pele era como fogo líquido, traçando caminhos proibidos, marcando Brianna com carícias e promessas silenciosas. A sala continuava mergulhada em meia-luz, e o reflexo das chamas da lareira dançava nos olhos dele, que agora brilhavam de forma quase sobrenatural.

Brianna sentia o próprio corpo traí-la a cada segundo. Seu orgulho, suas certezas… tudo começava a ruir diante daquela presença. Ele era mais que um homem. Era a materialização de cada fantasia que ela não ousava confessar. E agora, estava ali, envolvendo-a, prendendo-a em um labirinto sem saída.

— Ainda posso ouvir seu coração — ele murmurou, os lábios tocando levemente a pele atrás da orelha dela. — Ele me chama, Brianna… implora por mim.

Ela arfou, o corpo inteiro estremecendo. As mãos de Hawin subiram por sua cintura, até alcançarem o pescoço dela, segurando-a com firmeza, mas sem dor. Era um domínio antigo, visceral, onde cada gesto era como um comando e uma rendição ao mesmo tempo.

Brianna fechou os olhos e se permitiu sentir. A respiração dele contra sua pele, a forma como os dedos deslizavam, como se decifrassem cada centímetro de seu corpo. Ele a conhecia mais do que deveria. Como se tivesse acesso aos seus pensamentos mais secretos, aos desejos que ela insistia em esconder até de si mesma.

— Diga que me pertence — a voz dele veio como uma ordem velada, carregada de algo primitivo, obscuro.

Ela hesitou. Parte dela queria resistir, mas aquela mesma parte estava derretendo sob a pressão de cada toque, de cada sussurro.

— Diga, Brianna.

Os lábios dele tocaram sua nuca e desceram, provocando-a, deixando marcas invisíveis na pele e na alma. Brianna sentiu o calor invadir suas veias e, quando falou, foi num sussurro rouco, mais para si do que para ele.

— Eu sou sua.

O sorriso de Hawin se formou, cruel e belo. Ele a virou para si, segurando-a pelo rosto, e os olhos negros dele a devoraram.

— Agora é tarde, pequena — ele murmurou, antes de tomar a boca dela num beijo faminto, daqueles que roubam o ar, a consciência, a vontade própria.

E Brianna se perdeu. No gosto, no toque, no abismo que era Hawin.

A noite, cúmplice, os envolveu, enquanto a promessa da escuridão consumia tudo o que havia de inocente dentro dela.


Parte 5

A noite avançava, mas para Brianna, o conceito de tempo havia se tornado algo distante. Existia apenas o agora — o calor dos toques de Hawin, os beijos que queimavam como brasas em sua pele, e os sussurros carregados de promessas que ela nem sabia se desejava ou temia.

O corpo dela estava entregue, mas a mente ainda lutava, ainda buscava alguma âncora. E foi nesse limiar, entre o prazer e a vertigem, que ela percebeu algo… Hawin não era apenas desejo. Ele carregava consigo uma sombra antiga, uma marca no olhar que escondia mais do que simples luxúria.

Quando ele se afastou por um breve instante, Brianna viu. Os olhos dele — negros e intensos — pareciam refletir a própria noite. Havia ali um poder sombrio, um domínio que ultrapassava o físico. Um homem comum não teria aquela aura. E por um instante, o medo verdadeiro tocou a espinha dela.

Mas antes que pudesse reagir, Hawin a puxou novamente para junto de si, como se percebesse sua hesitação. A mão dele segurou o queixo de Brianna, obrigando-a a encará-lo.

— Não fuja de mim agora, pequena. — A voz dele era uma mistura de sedução e ameaça velada. — Você atravessou a linha. E sabe o que isso significa.

O coração de Brianna batia tão forte que ela achou que poderia desmaiar. Mas o toque de Hawin, os lábios que roçaram o canto de sua boca, a forma como ele a envolvia… tudo era um convite tentador para o abismo.

— O que você é, Hawin? — ela perguntou, num sussurro trêmulo, que mal reconheceu como seu.

O sorriso dele foi lento, perigoso.

— Eu sou tudo aquilo que você teme… e tudo o que deseja.

E então, como se para selar aquela sentença, ele a deitou sobre o sofá, o corpo dele cobrindo o dela, cada movimento calculado, cada toque ardente. As mãos de Hawin percorriam suas curvas como se as conhecessem há séculos, como se aquela dança entre os dois fosse antiga, predestinada.

Os beijos dele desciam pelo pescoço de Brianna, pelos ombros, enquanto os sussurros voltavam, mais baixos, mais obscuros.

— Você é minha… agora e sempre.

Ela sentia cada palavra como um feitiço, cada carícia como uma marca invisível. E, mesmo sabendo que aquilo poderia consumi-la, Brianna já não queria escapar.

A escuridão a envolvia, e ela se entregava. Corpo, alma… e tudo que existia entre as duas.


Sussurro no Pescoço – Parte VI


Um conto sensual no universo de B.F. Hasckel

A noite já não pertencia ao mundo. Ela pertencia aos dois. Aos sussurros que se transformaram em gemidos. Ao toque que rasgava certezas e construía promessas silenciosas. Aos olhos de Hawin, que queimavam com uma intensidade que beirava o sagrado.

Brianna estava sobre os lençóis agora, deitada como uma oferenda involuntária. O peito arfava, os lábios úmidos entreabertos, os olhos buscando os dele — famintos, entregues. A pele dela carregava as marcas dele. Os beijos. Os apertos. Os arrepios. E, mais que tudo, as palavras que ele dizia com a ponta dos dedos.

Hawin a observava como quem olha para um tesouro roubado do tempo. Ajoelhou-se diante dela, puxando-a devagar para seu colo, como se tivesse todo o direito de possuí-la… e ela, todo o desejo de se deixar possuir.

— Nunca imaginei que você se renderia assim — ele murmurou, enquanto seus lábios passeavam pela clavícula dela, deixando um rastro quente e úmido.— Eu não me rendi — ela respondeu, com um sorrisinho ousado. — Eu escolhi me perder.

Ele mordeu de leve a curva de seu ombro, os olhos fechados por um segundo.

— Pior ainda… — sussurrou. — Porque agora eu sei que você quer estar aqui. Que está comigo por vontade, não por fraqueza. E isso… isso me deixa completamente maldito por você.

As mãos de Hawin deslizaram pelas costas nuas de Brianna, até segurá-la firme pela cintura. Ela gemeu baixinho quando ele a encaixou de volta contra seu corpo, como se cada parte deles já se conhecesse há séculos. O calor entre eles crescia, mais denso que o próprio ar. E o que começou como luxúria agora se tornava algo mais... profundo. Irreversível.

Ela passou os dedos pelos cabelos dele, puxando de leve quando ele mordeu seu colo com mais força, marcando. Seu nome escapou dos lábios dela como um feitiço, carregado de suor, de paixão e de entrega:— Hawin…

Ele parou. Olhou dentro dos olhos dela.

Por um instante, o predador deu lugar ao homem.O desejo foi invadido por algo que ele não queria nomear.Algo que queimava mais que a luxúria.Algo que o assustava.

— Diga meu nome de novo — ele pediu, a voz rouca.

— Hawin… — ela repetiu, agora mais suave, como quem sussurra um segredo no escuro.

Ele fechou os olhos e encostou a testa na dela, respirando fundo.

— Você não sabe o que está fazendo comigo, Brianna.— Sei, sim — ela respondeu, os dedos traçando o contorno do rosto dele. — Estou acendendo uma parte sua que você tentou enterrar.— E se eu não conseguir apagá-la depois?— Então… queime comigo.

E naquele instante, ele soube que já estava queimando. Que já era dela. Mesmo que nunca admitisse. Mesmo que o dia seguinte fosse um campo de ruínas.

Mas naquela noite…Naquela noite, não havia amanhã.

Só havia os dois.


Sussurro no Pescoço – Parte VII


Um conto sensual no universo de B.F. Hasckel

O silêncio que se seguiu ao ápice entre os dois não foi vazio. Era denso. Cheio de coisas que nenhum dos dois sabia nomear. Respirações ofegantes, suor escorrendo pelas têmporas, corações em guerra — porque o que se passou ali não foi apenas físico. Não podia ter sido.

Brianna permanecia deitada sobre o peito nu de Hawin, sentindo o coração dele bater como um tambor contra sua pele. Forte. Irregular. Humano demais… para alguém que parecia feito de escuridão.

Ele passava os dedos lentamente por seus cabelos, em silêncio. Mas seus olhos estavam abertos, voltados para o teto, como se lutasse contra algo invisível. Um pensamento. Um passado. Uma culpa.

— O que foi? — ela sussurrou, levantando o rosto para encará-lo.

Hawin demorou para responder.

— Isso não devia ter acontecido.

A frase caiu como um golpe.

— Você está arrependido?

— Não — ele respondeu rápido demais. — Não é isso.

Brianna se afastou um pouco, o olhar agora mais atento, o corpo ainda sensível ao toque dele, mas a mente alerta.

— Então o quê?

Hawin se sentou na cama, os músculos das costas contraídos. A luz suave desenhava as cicatrizes em sua pele — marcas que não pareciam físicas. Ele suspirou, apoiando os cotovelos nos joelhos, a cabeça baixa.

— Você não entende, Brianna. Eu sou feito de sombras. O que você viu aqui hoje… essa entrega, essa conexão… isso não dura em mim. Não permanece. Eu… quebro tudo o que toca em mim por tempo demais.

Ela se aproximou por trás, colando seu corpo ao dele, abraçando-o pelas costas.

— E se eu quiser tocar mesmo assim?

Ele virou o rosto, e seus olhos estavam diferentes. Menos duros. Menos seguros. Assustados.

— Você não tem medo de mim?

— Tenho — ela disse, sincera. — Mas tenho mais medo de viver uma vida onde não me arrisco. Onde não sinto isso.

Hawin virou o corpo devagar, ficando frente a frente com ela.

— Eu sou o tipo de homem que deixa rastros. Que bagunça tudo. Que não sabe amar sem destruir um pouco no processo.

Brianna segurou o rosto dele entre as mãos, os olhos firmes.

— Talvez eu já esteja quebrada o suficiente para aguentar sua tempestade.

Por um segundo, ele pareceu vacilar. E foi nesse exato instante que a porta do quarto bateu com força sozinha. As velas tremularam. O ar esfriou.

Hawin se levantou de súbito, os olhos apertados.— Droga… não agora.— O quê? — Brianna perguntou, alarmada. — O que está acontecendo?

Ele virou-se lentamente para ela, e a sombra em seu olhar não era mais apenas uma metáfora.

— Preciso que confie em mim. E que fique longe… se algo mudar em mim agora, você corre.

— Mudar? Hawin, do que você está falando?

Mas antes que ele respondesse, a vela mais próxima se apagou sozinha.

E ela viu — por apenas um segundo — o reflexo dourado nos olhos dele brilhar como os olhos de uma fera.


Sussurro no Pescoço – Parte VIII

O ar parecia carregado de uma tensão elétrica, como se a própria atmosfera estivesse aguardando uma decisão. Brianna engoliu seco, seus olhos fixos nos de Hawin, que agora se afastava dela, como se estivesse lutando contra algo muito maior do que ele mesmo.

— Você precisa ir, Brianna — ele disse, a voz mais grave, mais controlada, como se estivesse ordenando a si mesmo que mantivesse a compostura.

Mas ela não se moveu. O instinto, aquela força dentro de si que a tinha guiado até ele, dizia-lhe que ela não poderia sair. Não agora, não depois de tudo o que havia acontecido. Ela sentiu uma pressão crescente no peito, uma mistura de desejo e temor.

— Eu não vou embora. Não agora — respondeu, sua voz firme, mas com um leve tremor.

Hawin fechou os olhos por um momento, como se tentasse reunir forças. Quando os abriu, sua expressão estava distante, perdida em algum lugar muito longe dela.

— Se você ficar… você não vai mais me ver como antes — ele murmurou, quase como se estivesse falando para si mesmo. — Eu sou um pesadelo, Brianna. Uma sombra que consome. Você não entende o que está em jogo.

Ela avançou, com passos lentos, até ficar bem na frente dele. Olhou-o nos olhos, agora mais intensos, mais selvagens do que nunca.

— Então me deixe ver o pesadelo. Me deixe sentir a sombra. Não tenho medo disso, Hawin. Não mais.

Os olhos dele brilharam com uma mistura de raiva e algo mais profundo, algo que Brianna não conseguia identificar. Ele parecia querer empurrá-la para longe, mas ao mesmo tempo, sua expressão revelava uma dor interna que ele tentava esconder a todo custo.

— Você não sabe o que está dizendo — ele resmungou, e seu corpo estava tenso, como se fosse explodir a qualquer momento.

Brianna não recuou. Em vez disso, estendeu a mão, tocando o peito dele, sentindo o calor de sua pele. A conexão entre eles estava mais forte do que nunca, mais avassaladora. Ela não podia negar o desejo, mas também não podia ignorar a tempestade interna que ele trazia consigo.

— Eu sei o que estou dizendo — ela sussurrou. — Eu quero você. Toda a sua escuridão. Toda a sua tempestade.

Hawin olhou para ela, como se tentasse encontrar uma fraqueza, uma falha em suas palavras. Mas o que encontrou foi apenas a determinação nos olhos dela. Ele sabia que não havia mais volta. Que a linha entre a redenção e a destruição estava prestes a se apagar para sempre.

Ele deu um passo à frente, aproximando-se dela, a sombra de seu passado ainda a assombrando, mas com a vontade de ceder àquilo que os dois haviam construído juntos.

E então, com um movimento brusco, ele a puxou para perto, seus lábios encontrando os dela com uma urgência feroz, como se estivessem em guerra, como se as próprias sombras quisessem consumir tudo ao redor. Mas Brianna não se afastou. Ela o abraçou com mais força, sentindo a eletricidade entre eles, sabendo que não havia mais como escapar.

O pesadelo dele agora era o dela também. E, de algum modo, ela estava disposta a enfrentar as trevas, a ser a tempestade ao lado dele, sem arrependimentos.

Porque, no final, talvez fosse exatamente isso o que eles precisassem um do outro: a certeza de que, mesmo nas sombras mais densas, ainda havia algo capaz de brilhar.



1. Jonathan Davis – Forsaken

A dor do abandono e o desejo pelo proibido. A alma de Hawin está nessa música.

2. Evanescence – My Immortal

O sofrimento silencioso de Brianna. Perfeita para os momentos em que ela tenta se libertar... mas ainda sente.

3. A Perfect Circle – Passive

Uma mistura de controle, entrega e raiva contida. Stuart/Hawin em sua forma mais conflituosa.

4. Deftones – Change (In the House of Flies)

Atmosfera sensual, perturbadora e arrastada. Ideal para cenas carregadas de tensão emocional e luxúria.

5. Marilyn Manson – Tourniquet

Amor como vício. Uma escolha para os momentos em que o desejo domina a razão.

6. HIM – Wicked Game (cover de Chris Isaak)

Essa versão é puro erotismo gótico. "What a wicked thing to do..." — define Brianna se entregando.

7. Nine Inch Nails – Closer

Crueza, desejo puro e proibido. Para os momentos mais intensos entre os corpos e as sombras.

8. Lacuna Coil – Heaven’s a Lie

Para quando o amor parece uma mentira — e ainda assim, irresistível.

9. Massive Attack – Angel

Densa e carregada de suspense. Combina com os momentos de sedução silenciosa.

10. Placebo – Every You Every Me

Obsessão, dependência, desejo. Uma música perfeita para refletir o magnetismo tóxico e irresistível entre os dois.

 
 
 

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